quinta-feira, 27 de março de 2008

http://br.youtube.com/watch?v=OwfbTVzN-fc&feature=related

Suavidade
Pousa a tua cabeça dolorida
Tão cheia de quimeras, de ideal,
Sobre o regaço brando e maternal
Da tua doce Irmã compadecida.
Hás-de contar-me nessa voz tão qurida
A tua dor que julgas sem igual,
E eu, pra te consolar,
direi o mal Que à minha alma
profunda fez a Vida.
E hás-de adormecer nos meus joelhos...
E os meus dedos enrugados, velhos,
Hão-de fazer-se leves e suaves...
Hão-de pousar-se num fervor de crente,
Rosas brancas tombando docemente,
Sobre o teu rosto, como penas de aves...
"Florbela Espanca"

O GRITO DA REVOLTA
O primeiro abstracto feito em acrilico, tirem o seu significado. comentem o que parece?

SILÊNCIO!...
No fadário que é meu,
neste penar, Noite alta, noite escura, noite morta,
Sou o vento que geme e quer entrar,
Sou o vento que vai bater-te à porta...
Vivo longe de ti, mas que me importa?
Se eu já não vivo em mim!
Ando a vaguear Em roda à tua casa,
a procurar Beber-te a voz, apaixonada, absorta!
Estou junto de ti, e não me vês...
Quantas vezes no livro que tu lês
Meu olhar se pousou e se perdeu!
Trago-te como um filho nos meus braços!
E na tua casa... Escuta!...
Uns leves passos... Silêncio, meu Amor!...
Abre! Sou eu!...
"Florbela Espanca"



Pedras soltas de história
Carregadas de dor e paixão
Perdidas no esquecimento da memória
Soterradas por anos de solidão.
Relatos intermináveis de batalhas
De sangue pela pátria derramado.
Conquista de mares… velhas muralhas.
Homens que nos deram um passado.
Alfarrábios que nos contam lendas
De gloriosos e valentes guerreiros
Com honras de mortais contendas
Proclamando liberdade aos prisioneiros.
Chamas de um fogo apagado
Pelo desleixo de futuros tardios,
Avivadas por heróis desejados
Que aquecem o passado em dias frios.
A revolta que supera o medo,
O brandir dessas armas toscas
Que se ouve ao longe… morre cedo.
Testamento de palavras ocas.
O presente e decrépito discurso
Daqueles que se dizem sucessores,
Que destroem todo um percurso,
Que fazem de nós opressores.
O engano e a mentira que juntos cavalgam,
Seus corcéis loucamente Dantescos,
No arfar poluído em que governam
Impérios outrora gigantescos.
Este castelo que agora me acolhe
Que me fala baixinho no silêncio da Lua,
De todos os mortos que ela escolhe
De cada querela que tem como sua.
As árvores que o rodeiam alinhadas
São como hordas que se erguem
À voz de comando chamadas,
Prontas a morrer por quem defendem.
Sujeitam-se ao sacrifício final
Às honrarias inerentes
De um último golpe brutal
Decretado por homens dementes.
Descerra-se um nevoeiro intenso
Que esconde fantasmas e temores,
O calor da guerra que é imenso,
A vida em todos os seus horrores.
Recosto-me neste eterno paraíso
Onde ouço o falar de aves canoras
Que palram em tons de aviso,
Sobre o fim… que está por horas.
Vivem-se generosos minutos
Que cantam logros mundanos,
A antiga alegria dos putos,
O leve passar dos anos.
Alegra-se o incauto que não crê,
O louco infeliz que não sente,
O cego que sabe, mas não vê,
Todo o Homem que a si mente


"Fernando Jorge Matias Saiote"


Este é especial- está em exposição no meu escritório (7ª obra- tb a óleo)






2ª tela a espátula


1ª tela a espátula (ainda a óleo)


A 1ª encomenda...(5ª obra - esta a óleo)


1ª tela a óleo

quarta-feira, 26 de março de 2008



e aí vem o terceiro (em pastel)


O segundo feito...(em pastel)

A Primeira Obra, o primeiro feito....(em pastel)