Suavidade
Pousa a tua cabeça dolorida
Tão cheia de quimeras, de ideal,
Sobre o regaço brando e maternal
Da tua doce Irmã compadecida.
Hás-de contar-me nessa voz tão qurida
A tua dor que julgas sem igual,
E eu, pra te consolar,
direi o mal Que à minha alma
profunda fez a Vida.
E hás-de adormecer nos meus joelhos...
E os meus dedos enrugados, velhos,
Hão-de fazer-se leves e suaves...
Hão-de pousar-se num fervor de crente,
Rosas brancas tombando docemente,
Sobre o teu rosto, como penas de aves...
"Florbela Espanca"
quinta-feira, 27 de março de 2008
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1 comentário:
este é sem dúvida o meu preferido, quer pela ternura quer pela simplicidade com que foi feito. demonstra bem a cumplicidade que há entre um filho e uma mãe. é um quadro feito com sentimento. Parabéns e continue assim. Beijos
Sónia Dias
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